14 de out. de 2011

Shmuel, Mestre dos profetas


A história de Samuel se inicia com uma oração, feita por Hanna, sua mãe, implorando a D’us, do fundo de seu coração, que a abençoe com um filho. Em resposta àquela prece sincera, D’us a fez mãe de Shmuel, um profeta cuja estatura é comparada a Moshé e Aaron.
samuel
Último entre os juízes de Israel, Samuel liderou a nação com justiça, restituindo-lhe a antiga eminência. Homem justo, inspirava admiração e respeito em todos a sua volta e nunca permitiu que o poder o corrompesse. Tampouco fez uso indigno de sua posição de autoridade. Poucas figuras bíblicas receberam o louvor a ele atribuído – era homem bom frente a seus semelhantes e frente a D’us.
Samuel instituiu a Palavra Divina por toda Terra de Israel durante um dos períodos mais sombrios de sua história. O Talmud o chama de "Raban shel Neviim", Mestre dos profetas. E, assim como ocorria quando o Eterno falava com Moshé, quando D’us falava com Samuel o Povo de Israel via, também, uma nuvem suspensa entre os Céus e a terra. (Sifri Zuta, Bamidbar 12:5).
É sob a liderança de Samuel que a Terra de Israel se torna uma monarquia, cabendo a ele a missão de ungir Saul e David, os dois primeiros reis de Israel.
Uma vida dedicada a D’us
Shmuel era filho de Elkana e de Hanna e, como Moshé, nasceu circuncidado. Tendo nascido após anos de sofrimento, o Livro de Shmuel descreve a dor e as lágrimas de sua mãe por não poder conceber. Por essa razão, Elkana, seu marido, toma uma segunda esposa, Pnina, que lhe dá dez filhos.
Profeta e um dos mais respeitados membros da tribo de Levi, Elkana era um dos poucos Filhos de Israel que iam regularmente a Shiló, onde estavam o Santuário e a Arca da Aliança, para se prostrar perante o Eterno.
Hanna também era profetisa, uma das 7 mulheres cujas profecias estão registradas no Tanach. Certa vez, estando com o marido e toda a família em Shiló, foi ao Santuário abrir seu coração a D’us, e clamou: "Ó Eterno, Senhor dos Exércitos! Se atenderes a aflição de Tua serva e não Te esqueceres de mim, Tua serva, e à Tua serva deres um filho varão, então ao Eterno o consagrarei por todos os dias de sua vida". (Samuel 1-11).
Rezava com fervor, somente movendo os lábios. Eli, o Cohen Gadol, na época Juiz e líder da nação, a observava. Ao ver que nenhum som lhe saía dos lábios, perguntou-lhe se estava embriagada. Hanna respondeu: "Não bebi vinho nem outra bebida forte; derramava minh’alma perante o Eterno". O Cohen Gadol então a abençoa: "D’us te conceda o que Lhe pediste".
Na noite de Rosh Hashaná, no mesmo dia em que D’us se lembrou de nossa matriarca Sara, o Eterno se lembrou de Hanna, e ela concebeu. Quando o menino nasceu, sua alegria não tinha limites e o chamou de Shmuel, em hebraico, "Eu o pedi a D’us". O nome contém quatro referências à raiz verbal sha’al: ouvir, pedir, solicitar e tomar emprestado.
Fiel à sua promessa, quando a criança tinha apenas 2 anos, ela o levou ao Santuário, em Shiló, onde se apresenta a Eli, dizendo: "Sou a mulher que aqui esteve para rezar ao Eterno. Por este menino, eu implorava; e o Eterno concedeu-me o pedido e ao Eterno o entrego". (ibid 1-26). Hanna entrega o filho amado a Eli, que promete criá-lo e educá-lo para servir a D’us.
O filho de Hanna logo mostrou ser uma criança prodígio. Desde muito jovem, conseguia emitir difíceis sentenças sobre a Lei Judaica. E, à medida que Samuel crescia, com ele cresciam suas qualidades. Como conta o Livro de Samuel, ele era "benquisto por D’us e também pelos homens" (ibid 2:26). Logo se torna o principal discípulo de Eli, o Cohen Gadol – no lugar dos dois filhos deste último. Por conduta imprópria dentro do Santuário, os descendentes de Eli perdem o privilégio de suceder o pai na liderança da nação.
Sua primeira experiência profética
O Eterno se revela pela primeira vez a Samuel quando este tinha 40 anos. Ele não estava preparado para seu primeiro encontro com D’us, pois não fora treinado para ser profeta. Não conhecia, portanto, a Voz nem a forma de revelação da profecia. Além do que, como frisa o texto bíblico, "a palavra de D’us era rara naqueles dias, não havendo freqüentes visões" (ibid 3:1).
A primeira experiência profética de Shmuel vai acontecer logo após Eli, o Cohen Gadol, ter recebido um profeta que lhe comunica que D’us o responsabilizava pelo comportamento impróprio de seus filhos no Santuário, pois nada fizera para mudá-lo. Por essa razão, a casa de Eli seria castigada, e o posto de Cohen Gadol não permaneceria nas mãos de seus descendentes.
Naquela noite, enquanto Samuel dormia numa das câmaras próximas ao Santuário, nos aposentos reservados aos Levitas, não longe de onde dormia Eli, ouviu uma Voz chamar seu nome. Pensando ser Eli, responde, "Eis-me aqui", indo prontamente até o Cohen Gadol. Diz-lhe, então: "Eis-me aqui; tu me chamaste?" "Não te chamei, volta a deitar", respondeu Eli. Mas, ao voltar, Shmuel ouve a Voz uma segunda vez e, novamente foi até Eli, que lhe diz não o ter chamado. Na terceira vez que Shmuel vai até Eli, dizendo-lhe ter ouvido uma Voz, o Cohen Gadol compreende que D’us chamava seu discípulo. Diz-lhe: "Se novamente a Voz te chamar, diz: ‘ Fala, ó Eterno, porque Teu servo Te ouve’ ".
Assim que Samuel se deitou, ouve novamente a Voz: "Shmuel, Shmuel!". E, responde como Eli o instruíra. D’us Se revela numa visão profética, dizendo-lhe que toda Israel será profundamente abalada por um evento que dará início ao castigo determinado para a casa de Eli. Ao saber através do discípulo o que D’us lhe revelara, Eli aceita o Decreto Divino.
Agraciado com o espírito profético, Shmuel crescia em sabedoria e temor a D’us e era bem sucedido em tudo que fazia, pois D’us estava com ele. O povo confiava nele, pois "nenhuma de suas palavras o Eterno deixou cair por terra" e tudo que ele dizia, ainda que não fosse profecia, acontecia. Era a prova de que Samuel era um verdadeiro Navi. Graças aos méritos de Shmuel, a Presença Divina não abandonou Shiló e a Palavra Divina se tornou mais freqüente em todo Israel.
A era de Shmuel
A terrível calamidade anunciada por D’us se abate sobre Israel pela mão dos filisteus. As tropas judaicas perdem uma batalha aos inimigos. Os filhos de Eli morrem durante a batalha e os filisteus capturam a Arca da Aliança, repositório sagrado das Tábuas da Lei, que Moshé recebera no Sinai. A Arca fora levada para o campo de batalha pelos Cohanim, a pedido dos soldados de Israel. Acreditavam que assim estariam a salvo dos inimigos, mas ao agir sem consultar D’us ou Seu profeta, retirando pela primeira vez a Arca do Codesh ha-Codashim, o Sagrado dos Sagrados, o povo judeu precipitou os eventos. O Santuário de Shiló vai ser também destruído pelo inimigo, jamais sendo reconstruído.
Tendo ficado em Shiló, Eli aguardava, ansioso. Lembrava da trágica profecia e temia pela Arca da Aliança. Abalado pelas notícias do campo de batalha, principalmente que a Arca estava em mãos dos filisteus, cai por terra e quebra o pescoço, morrendo, no ato. O Cohen Gadol estava com 98 anos e durante 40 anos liderara a nação, como Juiz de Israel.
Com a morte de Eli, Samuel, na época com 41 anos de idade, assume a liderança espiritual. Ele seria o último dos Juízes, o maior dentre todos os que lideram Israel. Nos 11 anos seguintes, conduz seu povo, conseguindo restaurar a confiança e a glória da nação. Sob sua liderança, os judeus infligem uma derrota tão decisiva aos filisteus que estes, até a morte do profeta, não ousam voltar a atacar Israel.
Samuel envidou todos os esforços nessa recuperação de seu povo, viajando por todo o território judaico para ensinar, julgar e emitir sentenças. Mas, acima de tudo, inspirava a quem o ouvia, fazendo com que o povo voltasse a servir o Eterno, com "todo o seu coração, com toda a sua alma e com todo a sua força", como declara o Shemá.
O Midrash não poupa palavras para descrevê-lo, dando ênfase especial ao fato de ser amado e unanimemente respeitado, além de ter absoluta integridade. Relata como nunca obteve benefício algum decorrente de sua posição. Homem rico, nunca aceitou pagamento de ninguém; e, quando viajava, sempre levava sua própria tenda e os suprimentos para se manter, pois se recusava terminantemente a aceitar presentes. Além do mais, procurava reduzir ao mínimo os custos dos julgamentos.
Mas, suas contínuas viagens acabaram por desgastá-lo. Quando já não consegue ir aos quatro cantos de Israel, delega a seus dois filhos os poderes de ajuizar sobre Israel. Infelizmente, nenhum dos dois demonstra a mesma solidez de caráter do íntegro Samuel. Os textos bíblicos fazem severo julgamento de sua atuação.
Instituída a monarquia
No décimo ano da atuação de Shmuel como Juiz de seu povo, os anciãos vão até ele pedindo um rei para Israel. Dizem-lhe: "Eis que estás velho e teus filhos não andam por teus caminhos. Dá-nos um rei para que nos julgue e governe. Assim seremos como as demais nações". (ibid 8-5)
A exigência de um rei decepcionou e desagradou o profeta, pois Israel já tinha seu rei: D’us, e somente Ele é Rei de Israel. Só a Ele devemos obediência; não a um rei mortal. Sem saber o que fazer, Samuel pede a D’us orientação em suas ações, expressando sua frustração. O Eterno lhe diz que o povo não buscava um substituto para o profeta, mas para Ele: "Não é a ti que rejeitaram, mas a Mim. Não Me querem reinando sobre eles". Israel pedia um rei, como as outras nações, pois se haviam cansado de ser um povo diferente, cujo único Rei e Mandatário era D’us, Melech Malchei ha-Melachim, Rei sobre todos os Reis.
O Eterno lhe ordena atender, com a advertência de que terão que aceitar a autoridade do rei:… "Tomará os vossos filhos e os empregará para suas carruagens e para seus cavaleiros. Tomará o melhor de suas terras e de vossos vinhedos e oliveiras…" (ibid 8-11 e 14). Apesar do aviso, Shmuel não consegue dissuadir os anciãos da idéia de uma monarquia. Especialmente porque o rei de Amon ameaçava invadir Israel. Mais uma vez D’us lhe ordena que atenda o pedido e Samuel passa a se dedicar à concretização da missão que D’us lhe confiara. A ele cabia ungir o rei de Israel. Pede, então, aos anciãos que aguardem até que D’us o instrua acerca de quem escolher.
A escolha recairia sobre Shaul, homem de grande valor e virtudes. Após ser ungido por Shmuel, ele se torna o primeiro rei de Israel.

Samuel e Saul
O relacionamento entre Samuel e Saul é complexo, oscilando entre o amor e o conflito. Esta tensão vai transcender até a vida no mundo físico, pois mesmo após a partida do profeta do mundo dos vivos, o rei Saul, em desespero, procura uma vidente para invocar a alma do profeta. Precisava de seus conselhos e de sua ajuda.
Apesar de rei, Saul sempre tratou Samuel como o verdadeiro líder de Israel. Este, por sua parte, sempre amou Saul, mesmo com as freqüentes repreensões ao lhe apontar os erros. Cabe a Samuel indicar Saul como rei de Israel, posteriormente cabendo-lhe, também, a árdua tarefa de contar ao mesmo que D’us não estava satisfeito com ele, Saul, já lhe tendo escolhido o sucessor. Foi com pesar que Samuel vê Saul ser privado da coroa, mas ainda assim não o deixa de honrar.
Os incidentes que marcaram a queda de Rei Saul envolveram inimigos do povo judeu: primeiro, os filisteus; mais tarde, os amalequitas. Em duas ocasiões distintas, o Rei Saul usa sua própria lógica, seu raciocínio e suas boas intenções, fazendo-as prevalecer sobre as ordens diretas enviadas por D’us, através de Seu profeta, Samuel. A humildade e misericórdia que Saul demonstrara em relação a seus inimigos vão causar sua queda.
Diferente do Rei David, que iria sucedê-lo, as transgressões cometidas por Saul não são de cunho privado, mas coletivo. O fato dele não cumprir as ordens divinas, independente das justificativas que dá a Samuel, vão-lhe custar não só o reino e a vida; mas, séculos mais tarde, quase resultaram na aniquilação de seu povo. Pois, ao não executar imediatamente Agag, rei de Amaleq, permitiu que ele engravidasse uma mulher. Dessa descendência nasceria Haman – o vilão de Purim, que tentou aniquilar todo o Povo Judeu.
Vendo que Saul não cumprira, mais uma vez, Sua ordem expressa, D’us diz a Samuel: "Arrependo-Me de haver posto Saul como rei, porquanto se afastou de Mim e não executou Minha Palavra". (ibid 15-11). Isto abate Samuel, que nunca deixara de amar o rei que tinha ungido. Reza a D’us para que Ele reverta Seu decreto, mas seu pedido não é atendido.
Após fazer saber a Saul que ele perdera seu reinado, Samuel retorna à casa, em Ramah. Seu coração estava de luto por Saul, aquele a quem amava. Aquele a quem ungira rei conseguira desagradar D’us a ponto de perder o reinado. Tão profunda foi sua dor que nunca mais quis ver Saul.
D’us decide ter chegado a hora de ungir um descendente da tribo de Yehudá e diz a Shmuel que pare de se lamentar por Saul. Era tempo de preparar o futuro da nação. O Eterno revela ao profeta que escolherá para suceder Saul "um rei para Mim Mesmo" (ibid 16-1), alguém que obedeça sem titubear a Palavra Divina, e tenha uma inabalável fé Nele. E o incumbe da dolorosa missão de ungir um novo rei, com Saul ainda em vida.
O homem escolhido é David. Líder carismático, guerreiro valente, profeta e sábio, tornou-se o maior rei na história de Israel, fundando a única dinastia judaica real legítima, que voltará a reinar com a vinda do Mashiach, seu descendente direto. De Shmuel Hanavi, David recebeu todos os ensinamentos que nos são transmitidos, de geração em geração, desde a Outorga da Torá no Monte Sinai.
Como mencionamos acima, a ligação de Saul com Samuel é tão forte que o rei o procura, mesmo após a morte do profeta. Em sua última noite de vida – horas antes de enfrentar os filisteus – o rei transgride a proibição da Torá e pede a uma vidente para invocar a alma de Shmuel. Diz o Talmud que todos os outros profetas de Israel profetizavam somente durante a vida, enquanto Shmuel o fez também após sua morte. (Pirkei d’ Rabi Eliezer, 33).
"Por que perturbaste minha paz?", indaga Shmuel, e o rei lhe reponde, "Estou angustiado. Os filisteus fazem guerra contra mim e D’us se desviou de mim e já não me responde. Ajuda-me. Conta-me a vontade de D’us." Samuel retruca, "Agora queres minha ajuda? Estás perdido. Teus inimigos te derrotarão em batalha. David te seguirá como rei de Israel. Amanhã, tu e teus filhos estarão comigo".
Como o profeta revelara ao Rei Saul, Israel é derrotado pelos filisteus, no dia seguinte. Na batalha, perecem o rei e seu filho, Jonathan. A derrota e a morte do rei são um momento difícil para o Povo Judeu, mas D’us já havia preparado um novo Melech Israel, o maior de toda a nossa história.
Shmuel e Jerusalém
O profeta Samuel morreu jovem, aos 52 anos, após uma vida dedicada a D’us e a seu povo. Deixa sua morada terrestre no ano de 2884 (877 a.E.C.), sete meses antes da morte de Saul. Como aconteceu com Moisés, a quem Samuel é freqüentemente comparado, sua passagem para o mundo vindouro foi lamentada e pranteada por todo Israel. Amado e respeitado em vida, ao morrer todos os que podiam foram até Ramah, onde ia ser sepultado, para as últimas homenagens. Assim como ele visitara seu povo por toda a Terra de Israel, sempre a serviço dele, este povo também acorreu, de todas as partes, para se despedir de seu profeta, líder e juiz.
Sem sombra de dúvida, o profeta Samuel foi uma das figuras mais influentes na história judaica. Teve o mérito de ungir os dois primeiros reis de Israel, Saul e David, e ajudou a estabelecer Jerusalém como capital eterna do Povo Judeu. Junto com David, com quem se reuniu uma noite em Ramah, Shmuel descobriu a localização exata onde o Templo Sagrado de Jerusalém deveria ser construído. E mesmo que não tenha sido permitido a David construir o Templo, a ele coube comprar a terra, para lá levando a Arca Sagrada. Tanto Shmuel, como o Rei David foram os veículos de D’us para fazer de Jerusalém a capital eterna de Israel.
A ligação entre o profeta e Jerusalém é muito profunda. Não é coincidência que Jerusalém foi reunificada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, exatamente no dia 28 de Iyar, data de falecimento do profeta Samuel e de sua mãe, Hanna. Numa responsa do Rabino David ben Solomon ibn Avi Zimra (o Radbaz), consta que, na Idade Média, o túmulo do profeta Samuel era local de peregrinação. O Shulchan Aruch, Código de Lei Judaica, relata que no dia 28 de Iyar, aniversário de sua morte, era guardado jejum e muitos viajavam a Jerusalém, para visitar o túmulo de Shmuel Hanavi. Quem pode dizer se o poder das orações dos peregrinos, concentradas naquela data ao longo de tantos anos, não teria contribuído para a libertação de Jerusalém, sua cidade amada?
Perante a grandiosidade espiritual de Samuel e suas extraordinárias realizações, não é de surpreender que ele seja comparado a Moshé e Aaron. Mas haverá explicação para tamanha grandiosidade? Uma possível resposta é o fato de ele ter sido a resposta a uma oração que se tornaria o paradigma, par excellence, de todas as preces. Foi Hanna quem, ao pedir ao Eterno por um filho, ensinou ao mundo que devemos rezar com o coração e não apenas com os lábios. Algumas leis da Amidá – a principal oração judaica – são fruto da fervorosa oração de Hanna.
Em agradecimento ao atendimento ao seu pedido, ela profere uma oração de louvor ao Eterno, com uma invocação: "Os que lutam contra o Eterno receberão um quebranto sobre eles… e Ele dará força ao Seu Rei, e exaltará o poder de Seu Ungido" (Samuel 2-10). Hanna pediu proteção e força nas lutas contra os inimigos não só para Samuel, mas para todos os judeus, de todas as épocas, e para o Mashiach, que é chamado o Ungido de Shmuel, pois descenderá de David.

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