5 de mar. de 2012

JESUS, O CRISTO CRISTÃO OU O MESSIAS JUDEU?

Baseado em artigo de Eduardo Stein Maroniene – líder da Beit Tefilat Yeshua
Hoje em dia todo mundo diz conhecer Jesus, o chamado Cristo dos Cristãos. Mas será que realmente conhecem Jesus, o Messias da Bíblia? Será que este Jesus é o mesmo Jesus apresentado hoje em dia por diversas religiões, muitas vezes com doutrinas e ensinamentos até mesmo contrários?

E seu nome será Salvação

Pra começar, qual é o verdadeiro nome do Messias da Bíblia? Seu nome original em hebraico é Yeshua, que é a forma masculina de yeshuá, que significa “salvação”. Tendo em mente seu nome original e seu significado, fica claro o jogo de palavras em Mateus 1:21: Ela dará a luz um filho, e ela o chamará Yeshua (Salvação); porque ele salvará o seu povo de todos os pecados.

Jesus é a tradução para o português de seu nome original, e sabemos que não é legal traduzir os nomes das pessoas, ainda mais quando há atrelado ao nome um significado tão maravilhoso. Não seria estranho chamar Michael Jackson de Miguel filho do Diego? Porque então traduzir o nome do salvador?

Quem realmente é Yeshua?

Quando falamos sobre Yeshua, muitas pessoas ainda se surpreendem quando citamos alguns fatos de sua vida, fatos que detalharei mais a frente. Todos estão acostumados a pensar num Jesus cristão (no sentido moderno da palavra), pele clara, muitas vezes olhos claros, totalmente distanciado de qualquer cultura oriental e semita. Pois bem, para a surpresa de alguns, Yeshua, o Messias da Bíblia, é judeu, nasceu judeu e nunca deixou de ser judeu. Foi circuncidado ao oitavo dia, usava talit (o manto de oração) e tsitsit (franjas nas roupas), tinha uma alimentação totalmente kasher (baseada nas regras alimentícias de Leviticos 11), guardava os shabatot (sábados) e, uma coisa que passa totalmente despercebido de muitos quando lêem a Bíblia, não freqüentava “congregações cristãs”, mas freqüentava e ensinava nas sinagogas judaicas. Ou seja, Yeshua não só era judeu, como era um rabino judeu. Não perdeu sua essência judaica até virar o ídolo de uma nova religião, o que aconteceu só por volta do ano 300, muitos anos após sua vida, morte e ressurreição.

Paradigmas

Infelizmente, poucas pessoas se propõem a pensar e investigar os ensinamentos e raízes de suas religiões nos dias de hoje. Entram em suas casas de ensino querendo ouvir apenas o que lhes é conveniente, aceitando toda e qualquer doutrina humana e seus paradigmas. E quando um paradigma é instalado em sua mente, fica difícil mudá-lo. Por isso, ao ler este texto, muita gente se sente incomodada, principalmente quando começamos a provar as verdades não só através da história, mas principalmente, através da própria Bíblia. Isso porque sofismas apregoados por séculos são postos a prova e, para surpresa de muitos, não resistem e caem.
O desespero faz com que diversas religiões evitem a todo custo contextualizar Yeshua dentro do judaísmo. Não falo apenas de religiões cristãs, mas também judaicas, afinal de contas, os judeus não foram apenas vitimas, mas também colaboram para afastar o Messias da sua verdadeira origem. Para os cristãos, tirar Yeshua de sua roupagem judaica o torna o Messias, ou Cristo, universal. Curiosamente católico significa universal, sendo a principal religião a propagar um “Cristo” destituído de sua origem semita, mas praticamente romano. Judeus e cristão se unem de tal forma contra verdadeira origem do Mashiach (Messias), com o objetivo de confundir a seus seguidores, de forma que pensem que o maior rabino da história é propriedade do Vaticano e/ou de suas religiões dissidentes.

A educação de Yeshua

Não é preciso uma análise muito detalhada da história e da bíblia para perceber que muitos dos que dizem conhecer Jesus na verdade não conhecem Yeshua.
Yeshua nasceu judeu, foi realizada sua Brit Milah no oitavo dia (“Quando se completaram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi−lhe dado o nome de Yeshua, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido” – Lucas 2:21), após a tevilah de sua mãe, Miriam, pós-parto, como primogênito foi feito Pydion HaBen (resgate do primogênito), inclusive com os sacrifícios necessários no Beit Hamikdash (“Terminados os dias da purificação, segundo a Torah de Moshe, levaram−no a Yerushalayim, para apresentá−lo a ADONAI  (conforme está escrito na Torah de ADONAI: Todo primogênito será consagrado a ADONAI), e para oferecerem um sacrifício segundo o disposto na Torah de ADONAI: um par de rolas, ou dois pombinhos”. – Lucas 2:22-24).
Como judeu, foi ensinando desde pequeno nas escrituras do Eterno, ou seja, Sua Torah. Quando lemos Lucas 2:42-52, muitos se surpreendem pela sabedoria de Yeshua que, aos 12 anos, debatia com rabinos no Templo. Porém ainda hoje, os meninos e meninas judeus são ensinados desde muito cedo nas Palavras do Eterno, de forma que é esperado que aos 12/13 tenham aprendido a Torah e os mandamentos. Claro que Yeshua excedia em sabedoria, provavelmente tinha dedicação acima das demais crianças.
Neste trecho sobre a infância de Yeshua podemos ver algumas provas de sua criação e vida judaica. Primeiramente, ele subiu com sua família para Jerusalém, para celebrar a festa bíblica de Pessach (conhecida como Páscoa). Ele foi encontrado no Templo, entre rabinos, ouvindo e perguntando, ou seja, aprendendo, estudando, debatendo. E o que um grupo de rabinos estaria estudando? A Torah de Elohim.
Muitos tem o costume de achar que Yeshua não estudou, que talvez fosse pobre, sem instrução e que sua sabedoria e inteligência vinha apenas de seu esforço próprio ou do Eterno. Porém, conforme o costume judaico da época, Yeshua provavelmente estudou com seu pai, com quem aprendeu sobre a Torah e os ensinamentos das escolas rabínicas. Podemos ver que Yeshua era instruído em tais escolas, pois muitos de seus ensinamentos continham ensinamentos chaves de famosos rabinos que viveram antes dele, como exemplifico abaixo:
No Testamento de Yosef XVIII,2 lemos: “Se alguém busca te fazer o mal, farás bem em orar por ele”. Yeshua disse, em Mateus 5:44: “Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”.
Em Shir HaShirim Rabbah 5:11 e Vayicrá Rabbah 19 temos: Se o mundo inteiro estivesse reunido para destruir o yud, que é a menor letra da Torah, eles não seriam bem sucedidos”. E em Shemot Rabbah 6:1: “Nenhuma letra da Torah jamais será abolida”. Yeshua disse, confirmando claramente a validade da Torah, em Mateus 5:17-18: “Não penseis que vim destruir a Torah ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da Torah um só Yud ou um só traço, até que tudo seja cumprido”.
Talmud Shabbat 151b diz: “Aquele que é misericordioso com os outros receberá misericórdia no Céu”. Yeshua diz, em Mateus 5:7: Benditos os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”.
Talmud – Baba Bathra 15b diz: “Eles falam ‘Remova o cisco do seu olho?’ Ele retrucará, ‘Remova a trave do seu próprio olho”. Yeshua disse em Mateus 7:3-5: “E por que vês o cirsco no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa−me tirar o cirsco do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o cirsco do olho do teu irmão”.
Mekilta 103b e Yoma 85b dizem: “O Shabat foi feito para o homem, e não o homem para o Shabat”. Além disto, os Rabinos da escola de Hillel freqüentemente citavam Hoshea (Oséias) 6:6 para argumentar que ajudar os outros era mais importante do que observar ritos e costumes (Sukkah 49b, Devarim Rabba em 16:18, etc.). Yeshua disse, em Marcus 2:27: “E prosseguiu: O Shabbat foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Shabbat”.
Os rabinos da escola de Hillel, assim como Yeshua, também eram partidários da tese de que é pela graça do Eterno que somos salvos, e não por mérito de obras: “Talvez Tu tenhas grande prazer em nossas boas obras? Mérito e boas obras não temos; aja para conosco em graça.” (Tehillim Rabbah, 119:123).
A “Regra de Ouro” de Hillel, o seu ensinamento mais famoso, é: “…e [Hillel] disse a ele “Não faça aos outros o que não deseja que façam a você: esta é toda a Torah, enquanto o resto é comentário disto; vai e aprende isto.” (b.Shab. 31a). Esta regra, que era a base de todo talmid (discípulo) da Beit Hillel, e é citada explicitamente por Yeshua em Mateus 7:12: 12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei vós também a eles; porque esta é a Torah e os profetas”.

Além disso, Yeshua era freqüentemente chamado de Rabino, o que significava que ele era reconhecido pela comunidade da época como um professor. Para isso seria necessário que ele tivesse sido instruído, para que pudesse então instruir a seus discípulos.
Mateus 17: 24: “Tendo eles chegado a K’far Nachum, aproximaram−se de Kefah os que cobravam duas dracmas, e lhe perguntaram: O vosso rabino não paga as didracmas?”.

Mateus 9:11: “E os P’rushim, vendo isso, perguntavam aos talmidim: Por que come o vosso Rabi com coletores de impostos e pecadores?”

Marcus 9: 17 “Respondeu−lhe um dentre a multidão: Rabi, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo”.

Lucas 3:12 “Chegaram também uns coletores de impostos para serem imergidos, e perguntaram−lhe: Rabi, que havemos nós de fazer?”

João 3:2: “Este foi ter com Yeshua, de noite, e disse−lhe: Rabi, sabemos que és Rabi, vindo de Elohim; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Elohim não estiver com ele”.
E o que Yeshua, como rabino, ensinava: A Torah. Se não fosse assim, ele jamais poderia ensinar nas sinagogas, como fazia.
Mateus 4:23 “E percorria Yeshua toda Galil, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo”.

Marcus 3:1: “Outra vez entrou numa sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos atrofiada”.

Mateus 13:54: E, chegando à sua terra, ensinava o povo na sinagoga, de modo que este se maravilhava e dizia: Donde lhe vem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos?
Lucas 4: 44 “E pregava nas sinagogas de Yehudah”.
João 6:59: “Estas coisas falou Yeshua quando ensinava na sinagoga em K’far Nachum”.

João 18:20: “Respondeu−lhe Yeshua: Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei nas sinagogas e no Beit HaMikdash, onde todos os yehudim se congregam, e nada falei em oculto”.

Yeshua não só freqüentava e ensinava nas sinagogas, como também fazia isso nos shabatot.
Marcus 1:21: “Entraram em K’far Nachum; e, logo no Shabbat, indo ele à sinagoga, pôs−se a ensinar”.

Marcus 6:2: “Ora, chegando o Shabbat, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ao ouvi−lo, se maravilhavam, dizendo: Donde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe é dada? e como se fazem tais milagres por suas mãos?”

Lucas 4:16: Chegando a Natzeret, onde fora criado; entrou na sinagoga no dia de Shabbat, segundo o seu costume, e levantou−se para ler.
Lucas 6: 6 “Ainda em outro Shabbat entrou na sinagoga, e pôs−se a ensinar. Estava ali um homem que tinha a mão direita atrofiada”.
Lucas 13:10 “Yeshua estava ensinando numa das sinagogas no Shabbat”.



A vida judaica de Yeshua
Podemos ver, apesar de embates teológicos normais à época, aliás, muitos ainda normais hoje em dia nas comunidades judaica, tais como ressurreição, o que é licito fazer no Shabat, dúvidas sobre como cumprir certos mandamentos, vemos que Yeshua participava ativamente da comunidade judaica, sendo assim podemos concluir facilmente que ele: se vestia como um judeu, usando o talit e o tsitsit (Mateus 9:20-21 comprova isso), cobria a cabeça como sinal de respeito a Elohim em suas atividades religiosas (de onde se origina o costume de se usar kipah), usava tefilin diariamente (Devarim 6:8), tinha mezuzot nas portas de sua casa (Devarim 6:9) e orava no mínimo 3 vezes ao dia.
Podemos ver também Yeshua celebrando os festivais bíblicos e judaicos, como por exemplo: Sukot (Festa das Cabanas) – Yochanan/João 7; Pessach (Páscoa) – Matitiyahu/Mateus 26:18; Chanuká (Festa da Dedicação) – Yochanan/João 10:22-23.

A Mensagem de Yeshua
A mensagem de Yeshua, ao contrário do que se pensa, não era uma nova mensagem inventada por ele. O que ele pregava era um retorno à obediência dos mandamentos e da Torah como forma de se achegar ao Eterno.
“Aproximou−se dele um dos professores da Torah que os ouvira discutir e, percebendo que lhes havia respondido bem, perguntou−lhe: Qual é a primeira de todas as mitzvot? Respondeu Yeshua: A primeira é: Ouve, Israel, ADONAI nosso Elohim é o único ADONAI. [No hebraico: Sh’ma Israel ADONAI Eloheinu, ADONAI Echad] Amarás, pois, a ADONAI teu Elohim de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças. E a segunda é esta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outra mitzvah maior do que essas”. (Marcus 12:28-31)
“E eis que se aproximou dele um jovem, e lhe disse: Rabi, que bem farei para conseguir a vida eterna? Respondeu−lhe ele: Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom; mas se é que queres entrar na vida, guarda as mitzvot”. (Matitiyahu/Mateus 19:16-17)
“Então falou Yeshua às multidões e aos seus talmidim, dizendo: Na cadeira de Moshe se assentam os professores da Torah e P’rushim. Portanto, tudo ele vos disser, isso fazei e observai; mas não façais conforme os takanot e ma’assim dele; porque dizem e não praticam”. (Matitiyahu/Mateus 23:1-3)
Aqui vemos uma das orientações mais clara de Yeshua quando a guarda da Torah, recebida por Moshe. Deveríamos fazer tudo o que Moshe nos disse, mas não segundo as obras, legalismo e tradições dos professores da Torah e P’rushim, pois aquilo que eles ensinavam eles mesmos não cumpriam. O problema é que eles não estava ensinando apenas a Torah do Eterno, mas tradicionais humanas como se fossem mandamentos de Elohim, o que além de ser proibido pela Torah invalidam a própria Palavra do Eterno.
“Então chegaram a Yeshua uns P’rushim e professores da Torah vindos de Yerushalayim, e lhe perguntaram: Por que transgridem os teus talmidim a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos, quando comem. Ele, porém, respondendo, disse−lhes: E vós, por que transgredis a mitzvah de Elohim por causa da vossa tradição? Pois Elohim ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e, Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá. Mas vós dizeis: Qualquer que disser a seu pai ou a sua mãe: O que poderias aproveitar de mim é oferta ao Senhor; esse de modo algum terá de honrar a seu pai. E assim por causa da vossa tradição invalidastes a mitzvah de Elohim. Hipócritas! bem profetizou Yeshayahu a vosso respeito, dizendo: Este povo honra−me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem”. (Matitiyahu/Mateus 15:1-9)
Veja que ele era visto no Templo e nas sinagogas fazendo suas “drashot” e juntando multidões sem cobrar fortunas para pregar mezuzot nos umbrais das portas, sem pedir terreno para o prefeito no bairro nobre de Jerusalém para construir sinagoga, sem procurar banqueiros para financiá-los, e sem espaço na mídia ele causou um rebuliço que até hoje divide o calendário em antes dele e depois dele.
A grande questão, é que ele viveu uma vida 100% judaica, e que quando ele pregava, evidentemente ele citava o Tanach. Mas ele não mudou o sentido da Torah, o que ele fazia era dar uma dimensão maior aprofundando o significado da revelação de Elohim.
Ele não renunciou ao judaísmo de maneira nenhuma, ele não criou uma nova religião. Todos os seus biógrafos eram judeus, e os livros que falam dele são excelente literatura judaica escrita por judeus para judeus. E esses mesmos livros informam que antes da sua ressurreição (um conceito judaico, que é lido todo dia no sidur na Amidá) após o Pessach, foi colocado debaixo do madeiro uma placa em 3 idiomas diferentes que diziam: Yeshua hanotzri melech haieudim (Yeshua de Nazaré rei dos judeus – cuja sigla coincidentemente significa iud-hei-vav-hei, YHWH!).
Sem querer me alongar só vou citar 2 trechos significativos do Brit Chadasha (Novo testamento) como exemplo de passagens que considero mostras significativas do costume e ensinamento judaico de Yeshua .
Cap. 12:28-34 de Marcos
28: Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? 29: E Yeshua respondeu-lhe: O primeiro de todas as mitzvot é: Ouve, Israel, o SENHOR (YHWH) nosso Elohim é o único Senhor. (Shema Israel Adonai Eloheinu Adonai Echad.  30: Amarás, pois, ao Senhor teu Elohim de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. (Vê ahavta Et Adonai eloecha vekol levavchá vê kol nafshechá vekol meodecha)_ 31: E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Vê ahavta lareach kamocha) Não há outro mandamento maior do que estes. 32: E o escriba lhe disse: Muito bem, Rabino, e com verdade disseste que há um só Elohim, e que não há outro além dele; 33: E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. 34: E Yeshua , vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Elohim. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
Segunda passagem em Lc 4:15-21:
15: E ensinava nas suas sinagogas, e por todos era reconhecido por todos. 16: E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num Shabat, segundo o seu costume (halachá), na sinagoga, e levantou-se para ler. (aliá para leitura da Haftarah – ninguém se levanta para ler o rolo da haftarah sem ser convidado) 17: E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías (Tanach – Yeshaihu cap 61 ; e, quando abriu o rolo , achou o lugar em que estava escrito: (a leitura da Haftarah assim com a da parashá não é aleatória e sim seqüencial e organizada) 18: O Espírito de YHWH é sobre mim, Pois que me ungiu (a palavra mashiach é o ungido = do grego Cristo) para levar as boa novas aos que sofrem. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19: A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A por em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR. 20: E, fechando o rolo , e tornando-o a dar ao gabai da sinagoga , assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21: Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.

Ou seja o próprio Yeshua disse que a haftarah de Isaias 61 que fala características do mashiach se cumpria naquele dia nele, porque esse texto se refere a ele. Trocando em miúdos ele disse: Eu sou o mashiach!
Concluo dizendo que a atitude mais judaica que um judeu pode ter após identificar o messias, é aceitá-lo como tal. Um judeu que se posiciona pró-mashiach não se converte. Ele não mudou de Elohim. Ele continua leal ao Elohim de Abrão, de Isaque e Jacob, alias com muito mais intensidade. E aceitá-lo o torna um judeu completo, completo em todos os sentidos, completo na aceitação do Tanach, completo em seu relacionamento com Elohim, na plenitude do seu relacionamento, mesmo que tentem nos estigmatizar criando um selo emblemáticos de apostasia, esse emblema eu não uso. Já basta de identidades trocadas. Eu fico com Yeshua.

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