21 de out. de 2011

PORQUE NÃO COMEMORO O NATAL


Shlomo ben Yisra’el
(fontes no final do texto)
Todo ano é a mesma coisa, casas enfeitadas com luzes e árvores de natal, ruas, prédios, comércios e igrejas decoradas, muitas bolas coloridas, velas, guirlandas e outros tantos artigos decorativos. E é inevitável a pergunta em algum momento: Onde você vai comemorar o natal?
Minha resposta geralmente gera desconforto nas pessoas, quando falo que não comemoro o natal. Quando questionado sobre os motivos, nunca tenho tempo para dar uma resposta realmente satisfatória. Por isso, neste ano, ao invés de simplesmente publicar algum artigo anti-natalino ou simplesmente ignorar a intenção de qualquer explicação mais detalhada, resolvi escrever um texto com os meus motivos particulares para não comemorar esta data.
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que respeito quem acredita nesta história de espírito de natal e tudo mais. A idéia não é forçar ninguém a pensar como eu, mas que pelo menos minhas palavras possam fazer cada um refletir qual o real e verdadeiro sentido do natal, ao invés de simplesmente seguir o que a maioria faz e fala. Nem sempre a maioria está certa.

Natal, uma festa cristã?
Todos dizem que o natal é uma festa cristã que comemora o nascimento de Jesus. Bom, partindo do pressuposto que isso é verdade, então o que o papai Noel tem a ver com o natal?
Não é difícil perceber que, ao contrário do que dizem, o personagem principal desta festa não é Jesus, mas sim o papai Noel e, conseqüentemente, o comércio realizado em seu nome. Papai Noel tomou então o lugar que dizem ser de Jesus, sendo adorado pelas crianças do mundo todo. Ao invés de aprender a confiar no Eterno, a orar e adorar ao Elohim vivo, as crianças aprender a crer num engano, numa mentira, esperando e confiando que um mito os “abençoará” com presentes. Ao invés de aprender que devem ter uma vida santa e integra por amor ao Eterno, aprendem que devem se comportar, pois do contrário não receberão a visita do papai Noel na noite de 25 de dezembro. Pergunto, quem é, afinal de contas, o deus desta festa? Onde entra Jesus nisso tudo? Não seria apenas uma tentativa de desculpa, uma forma de mascarar uma festa anti-bíblica, não ordenada pelo Eterno, cuja justificativa é infundada e mentirosa?
E pra pior ainda mais, os pais, aqueles que deveriam ensinar a verdade, dar exemplo de retidão, e que muitas vezes durante o ano condenam a mentira, são os que mais incentivam e mentem para seus filhos a respeito do natal e do tal papai Noel.
“Como o louco que lança de si faíscas, flechas e mortandades, assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.” (Provérbios 26:18,19)
“Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira?” (Salmos 4:2)
O significado “cristão” do natal se tornou tão confuso e desfigurado, que hoje, até mesmo outras religiões o comemoram. Afinal de contas, qual então é o espírito do natal? A mentira, conforme citado acima. Ou a falsidade, daqueles que odeiam o ano todo, mas no fim do ano pregam amor, paz e bondade, pra assim que virar o ano, voltar a sua vida de ódio e rancor. E quanto ao nascimento do Messias? Teria ele realmente nascido em 25 de dezembro? E se o natal é realmente uma festa cristã, como era celebrado por pagãos, anos antes da vinda do Messias? E porque os primeiros discípulos não começaram a celebrar o natal do Senhor no primeiro século, tendo esta festa entrado para o calendário cristão centenas de anos depois do advento do Messias? Você sabia de tudo isso? Será que você realmente sabe o que é o natal?
O nome do Messias, uma pequena observação
Antes de continuar, gostaria de fazer uma observação. Daqui em diante, vou me referir ao Messias, Jesus, pelo seu nome original hebraico, ou seja, Yeshua. Para quem não sabe, este é o verdadeiro nome do Messias, que é a forma masculina de yeshuá, que significa “salvação”. Tendo em mente seu nome original e seu significado fica claro o jogo de palavras em Mateus 1:21: Ela dará à luz um filho, e ela o chamará Yeshua (Salvação); porque ele salvará o seu povo de todos os seus pecados.
Jesus é a tradução para o português de seu nome original, e sabemos que não é legal traduzir os nomes das pessoas, ainda mais quando há atrelado ao nome um significado tão maravilhoso. Não seria estranho chamar Michael Jackson de Miguel filho do Diego? Porque então traduzir o nome do salvador?
Quando nasceu o Messias?
Beit Lechem (Belém) estava “abarrotada”, o que não aconteceria apenas por causa de um censo que podia ser realizado durante todo o ano.
Será possível identificar quando o Messias Yeshua nasceu, ou pelo menos estimar aproximadamente o mês do seu nascimento?
Quando lemos os primeiros capítulos de Lucas na Bíblia, podemos identificar alguns pontos que podem nos ajudar a esclarecer esta questão.
Lucas 2:8 diz que havia pastores guardando seus rebanhos, o que não poderia ser feito no inverno.
Lucas 1:5 diz que Zekhariah (Zacarias), pai de Yochanan (João) era sacerdote da turma de Abiyah.
Os sacerdotes chegaram a ser tão numeroso que nem todos podiam servir no Beit HaMikdash (Templo) todo o tempo. Sendo assim, foram divididos em 24 turmas, conforme I Crônicas 24. Cada turma servia por duas semanas cada ano, uma vez na chuva temporã (primeira parte do ano) e uma na chuva tardia (segunda parte do ano). Nas três festas de peregrinação, conforme Deuteronômio 16:16, todos os sacerdotes serviam.
Podemos ver em I Crônicas 24:10 que a turma de Abiyah era a oitava turma, que servia na décima semana do ano, já que durante o Pessach e Shavuot todos os sacerdotes serviam juntos.
Então sabemos que Zekhariah teve sua visão enquanto servia na turma de Abiyah na décima semana do ano, que começa no mês de Nissan/Abib, 14 dias antes do Pessach. De acordo com as leis de pureza da Torah (Levítico 12:5, 15:19 e 25) ele teria que ter esperado duas semanas para conceber Yochanan, o que ocorreu então na 12º semana do ano. Yochanan então nasceu na 52º semana do ano (12+40), o que nos leva ao Pessach, ou seja, podemos concluir que Yochanan nasceu na época de Pessach.
Se Yeshua foi concebido seis meses depois da concepção de Yochanan, isso significa que foi concebido na 37º semana do ano, por volta da época da festa de Chanuka, o que tem um significado profético, pois a Luz do mundo foi concebida então durante a festa das Luzes. Tendo Yeshua nascido 40 semanas mais tarde, ou seja, a 25º semana do ano seguinte, podemos concluir que ele nasceu então na época das festas de outono.
Se continuarmos a seguir as dicas que a própria Bíblia nos dá, chegaremos a conclusão de que Yeshua nasceu em Sukot.
Beit Lechem (Belém) estava “abarrotada”, o que não aconteceria apenas por causa de um censo que podia ser realizado durante todo o ano. Todo israelita peregrinava para Jerusalém para celebrar Sukot (Deuteronômio 16:16). Por este motivo Jerusalém estaria lotada, assim como Beit Lechem, cidade que fica apenas a cinco milhas de distância.
Todos sabem que Lucas 2:12 diz que Yeshua nasceu numa manjedoura. O que poucos sabem é que a palavra hebraica usada neste caso é sukah, que seria mais bem traduzida como cabana/tenda. A sukah é parte dos mandamentos cumpridos durante a festa de sukot, logo, é provável que Yeshua tenha nascido numa sukah. Haveria aqui mais um significado profético muito forte, pois sabemos que Yeshua é o Eterno tabernaculando conosco.
Matitiyahu/Mateus 2:7-8,16 diz que Herodes mandou matar todos os bebes de dois anos para baixo, pois não sabia exatamente a quanto tempo tinha nascido o Messias. Os pais de Yeshua fugiram para o Egito até que ouviram que Herodes tinha morrido, quando regressaram então para Beit Lechem a tempo de realizar a purificação de Mirian (Maria) e a apresentação de Yeshua, 40 dias depois de seu nascimento, conforme ordena a Torah.
“Terminados os dias da purificação, segundo a Torah de Moshe, levaram−no a Yerushalayim, para apresenta−lo a ADONAI” (Lucas 2:22)
Sabe-se que Herodes morreu em Setembro do ano 4 A.E.C, e se isso ocorreu durante estes 40 dias entre o nascimento de Yeshua e sua apresentação, podemos concluir então que Yeshua nasceu durante a festa de Sukot, em outono, do ano 4 A.E.C, que equivaleria no calendário gregoriano a setembro/outubro.
Mas afinal de contas, quem nasceu em 25 de dezembro?
Uma das poucas verdades sobre o natal é o significado de seu nome. Natal
O natal, quando era celebrado apenas pelos pagãos, era conhecido como Natalis Invicti Solis, ou seja, o dia do nascimento do sol invicto.
realmente significa “dia do nascimento”, “aniversário”. Porém, como já vimos, Yeshua não nasceu em 25 de dezembro. Porque então escolher esta data? E se o natal já era comemorado mesmo antes de Yeshua, o nascimento de quem é comemorado?
O natal, quando era celebrado apenas pelos pagãos, era conhecido como Natalis Invicti Solis,ou seja, o dia do nascimento do sol invicto. Mas quem é este sol invicto?
Você já ouviu falar em Ninrode? Ele é citado na Bíblia em Bereshit/Gênesis 10:8-10:
Cush foi o pai de Nimrod, que foi o primeiro a acumular poder no mundo. Ele foi um poderoso caçador diante do Eterno. Daí o dito: “Como Nimrod, um poderoso caçador diante do Eterno!” O início do seu reino foi Babilônia, junto com Erech, Acad e Calné, na terra de Shinar.
Ninrode foi fundador da Babilônia e também quem idealizou e comandou a construção da torre que ficou conhecida como torre de bavel. Ninrode se rebelou contra Elohim, dando inicio a grande apostasia. Quando se diz que Ninrode foi um poderoso caçador diante do Eterno, quer dizer que Ninrode caçava pessoas para desviá-las dos caminhos de Elohim.
Assim diz Flavio Josefo sobre Ninrode: “Pouco a pouco, (Ninrode) transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Elohim era fazê-los continuamente dependentes dos seus próprios poderes. Ele ameaçou vingar-se de Elohim, caso Este quisesse novamente inundar a terra. Vingança esta, em que construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingido pela água, conseguindo, também, vingar-se da destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho (de Ninrode), pois achavam que submeter-se a Elohim fosse escravidão. Assim, empreenderam-se em construir a torre, e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas.” (Antiguidades Judaicas).
Seus atos eram tão abomináveis, que se casou com a própria mãe, cujo nome era Semíramis. E foi justamente sua mãe-esposa que conduziu o inicio da propagação de doutrinas malignas que estão bem vivas e presentes ainda hoje em boa parte dos sistemas religiosos. Após a morte de Ninrode, Semíramis começou a pregar que tinha tido uma concepção milagrosa, dando a luz a um filho, a quem chamou de Tammuz, que ela dizia ser a reencarnação de Ninrode.
Todo ano, no dia do seu aniversário de nascimento, ela alegava que Ninrode visitava a árvore “sempre viva” e deixava presentes nela. Este dia de seu aniversário equivaleria ao dia 25 de dezembro no calendário gregoriano.
Consta ainda, em alguns relatos de sua vida, que depois da morte de Ninrode, sua mãe-esposa propagou a doutrina maligna da sobrevivência dele como um ente espiritual. Ela alegava que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida. Todo ano, no dia do seu aniversário de nascimento, ela alegava que Ninrode visitava a árvore “sempre viva” e deixava presentes nela. Este dia de seu aniversário equivaleria ao dia 25 de dezembro no calendário gregoriano.
Moedas antigas já foram encontradas mostrando um toco de árvore e uma pequena árvore crescendo próxima, representando a morte de Nimrod e seu renascimento como Tammuz. Os Egípcios usavam uma palmeira, enquanto os Romanos um pinheiro.
Esta tradição de cultuar a árvore de Ninrode, colocando sob ela presentes no chamado natal de Ninrode, foi mantida de geração em geração, sendo adaptada e recebendo outros significados, porém a origem permanece a mesma até os dias de hoje.
Mas o Eterno ordenou claramente que seu povo não devia segui o caminho das nações, utilizando-se de seus costumes de adoração pagãs:
“Assim diz o Eterno: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais do céu; porque deles se espantam as nações, pois os costumes dos povos são vaidade; corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado pelas mãos do artífice. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova.” (Jeremias 10:2-4)
Conforme os relatos foram tomando força, Semíramis foi ganhando status de
Semiramis declarou que Tammuz era a reencarnação de Nimrod e que ali estava o Salvador. Porém, logo se estabeleceu um culto à rainha, ela era a Mãe de deus.
uma deusa, o que a levou a ser chamada de “Rainha dos Céus” dos babilônicos, deusa que com o tempo passou a ser adorada por milhares de culturas. Ela já foi chamada Isis, no Egito, Osíris, na Ásia, Cibele e Deois, na Roma antiga, Fortuna e Júpiter, na Grécia, e até mesmo na China, Japão e Tibet encontrou-se equivalentes à Madonna (minha dona ou minha senhora). Ainda hoje ela é adorada por muita gente utilizando-se de outros nomes.
Seu filho, Ninrode, passou a ser conhecido como o Divino Filho do Céu, uma espécie de messias, filho do deus-sol, sendo ele mesmo cultuado como deus, inclusive como o próprio deus-sol. É nesta adoração a Ninrode como deus-sol que está a origem do natalis invicti Solis.
E como (e quando) uma festa pagã passou a ser celebrada pelos cristãos?
Por volta do ano 336 E.C. o Imperador Constantino celebrou o primeiro natal pagão, debaixo de imposição e opressão. Houve muita resistência na época, e os que não se submeteram a esta aberração morreram, por não aceitar o paganismo. E assim a assimilação da festa pagã continuava, enquanto aqueles que não aceitavam morriam ao fio da espada ou enforcados. O argumento de Roma era que eles não eram cristãos, lembrando que nesta época os que se recusavam a professar a fé cristã ou morriam ou sofriam duras penas. Desta forma Constantino impôs o seu cristianismo, uma fé distorcida e cheia de misturas pagãs, já muito distantes da verdadeira fé pregada pelos primeiros seguidores de Yeshua.
No ano 354 E.C. o papa Libério e o imperador de Roma nesta época, Justiniano, ordenou que os cristãos deveriam celebrar o nascimento do Messias no dia 25 de dezembro. A data foi escolhida de forma a agradar tanto os romanos, que já celebravam neste dia o dia de Saturno, conhecido como Saturnália, como os pagãos, que forçadamente se convertiam ao cristianismo, já que neste dia celebravam o Natalis Invicti Solis.
Mas porque instituir uma festa pagã como cristã? O Eterno já não ordenou quais festas seu povo deveria celebrar? Já não nos deu os shabatot (sábados) e as luas novas? Mas o objetivo dos lideres cristãos desta época era justamente cortar qualquer elo com o judaísmo, seus símbolos, crenças e festas.
No ano 230 E.C., Tertuliano, um dos lideres da igreja cristã na época, escreveu:
“Por nós (povos cristãos) que somos estrangeiros aos Shabatot judaiscos, e luas novas, e festivais, uma vez aceitos por Deus, a Saturnália, a festa de Janeiro, a Brumália, e a Matronália estão sendo freqüentados, com presentes sendo dados e recebidos.”
Cabe lembrar que esta separação do judaísmo é totalmente infundada, já que o próprio Yeshua era judeu, seus discípulos e emissários eram judeus, todos eles viviam, comiam, rezavam como judeus e a única escritura existente na época eram o chamado Tanach judaico. Era esta escritura que era lida e ensinada pelo Messias e seus emissários.
“Toda a Escritura é inspirada por Elohim, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” (Timoteus Beit/2 Timóteo 3:16)
“Yeshua, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo asEscrituras, nem o poder de Elohim.” (Matitiyahu /Mateus 22 : 29)
“Não penseis que vim abolir a Torá ou os profetas; não vim para abolir, mas para torná-los plenos. Amen! Por que vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da Torá um só Yud ou um só traço, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar uma destas mitsvot [mandamentos], por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos Céus; aquele, porém, quem as cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos Céus.” (Matitiyahu/Mateus 5:1719)
“E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” (Lucas 24:32)
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;” (Yochanan/João 5:39)
“Que vantagem, pois, tem o yehudi? ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiadas as Palavras de Elohim.” (Romanos 3:1-2)
Yeshua e seus emissários:
  • Celebravam e guardavam os shabatot;
“Chegando a Natzeret, onde fora criado; entrou na sinagoga no dia de Shabbat, segundo o seu costume, e levantou−se para ler.” (Lucas 4:16)
“Então desceu a K’far Nachum, cidade de Galil, e os ensinava no Shabbat.” (Lucas 4:31)
“Ainda em outro Shabbat entrou na sinagoga, e pôs−se a ensinar.” (Lucas 6:6ª)
  • Freqüentavam as sinagogas;
“Então voltou Yeshua para Galil no poder da Ruach; e a sua fama correu por toda a circunvizinhança. Ensinava nas sinagogas deles, e por todos era louvado.” (Lucas 4:14-15)
  • Celebravam as festas bíblicas.
“Celebrava−se então em Yerushalayim a festa de Chanukah. E era inverno. Andava Yeshua passeando no Beit HaMikdash, no pórtico de Shlomo.” (Yochanan/João 10:22-23)
“Ora, no primeiro dia de matzah, vieram os talmidim a Yeshua, e perguntaram: Onde queres que façamos os preparativos para comeres o Seder de Pessach? Respondeu ele: Ide à cidade a um certo homem, e dizei−lhe: O Rabi diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei o Pessach com os meus talmidim”. (Matitiyahu/Mateus 26:17-18)
  • Mesmo depois da ascensão de Yeshua, os emissários e discípulos do primeiro século continuavam freqüentando as sinagogas, celebrando os Shabatot e as festas.
“E, despedida a sinagoga, muitos yehudim e prosélitos devotos seguiram a Sha’ul e Bar Nabba, os quais, falando−lhes, os exortavam a perseverarem na graça de Elohim. No Shabbat seguinte reuniu−se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Elohim.” (Atos 13:43-44)
“No Shabbat saímos portas afora para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas.” (Atos 16:13)
“Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga dos yehudim. E Sha’ul, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três shabatot discutiu com eles as Escrituras.” (Atos 17:2)
“E eles chegaram a Éfeso, onde Sha’ul os deixou; e tendo entrado na sinagoga, discutia com os yehudim. Estes rogavam que ficasse por mais algum tempo, mas ele não anuiu, antes se despediu deles, dizendo: Se Elohim quiser, de novo voltarei a vós; e navegou de Éfeso.” (Atos 18:19-21)
“Porque Sha’ul havia determinado passar ao largo de Éfeso, para não se demorar na Ásia; pois se apressava para estar em Yerushalayim no dia de Shavu’ot, se lhe fosse possível.” (Atos 20:16)
  • Continuavam a praticar a circuncisão e votos bíblicos.
“Sha’ul quis que este fosse com ele e, tomando−o, o circuncidou por causa dos yehudim que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era arameu.” (Atos 16:3)
“Sha’ul, tendo ficado ali ainda muitos dias, despediu−se dos irmãos e navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áqüila, havendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto.” (Atos 18:18)
“Faze, pois, o que te vamos dizer: Temos quatro homens que fizeram voto; toma estes contigo, e santifica−te com eles, e faze por eles as despesas para que rapem a cabeça; e saberão todos que é falso aquilo de que têm sido informados a teu respeito, mas que também tu mesmo andas corretamente, guardando a Torah”. (Atos 21:23-24
  • Sha’ul, conhecido como Paulo, tido como um dos pais da igreja e da fé cristã, afirmou claramente e com todas as letras que era judeu, que continuava judeu e que nunca deixou de cumprir os mandamentos da Torah e nem mesmo as tradições judaicas.
“Sabendo Sha’ul que uma parte era de Tz’dukim e outra de P’rushim, clamou no Sanhedrin: Varões irmãos, eu sou Parush, filho de P’rushim; é por causa da esperança da ressurreição dos mortos que estou sendo julgado.” (Atos 23:6)
“Sha’ul, porém, respondeu em sua defesa: Nem contra a Torah dos yehudim, nem contra o Beit HaMikdash, nem contra César, tenho pecado em coisa alguma”. (Atos 25:8)
“Passados três dias, ele convocou os principais dentre os yehudim; e reunidos eles, disse−lhes: Varões irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos paternos, vim contudo preso desde Yerushalayim, entregue nas mãos dos romanos”. (Atos 28:17)
Se Yeshua, seus discípulos e todos os primeiros emissários mantiveram todo o cumprimento dos mandamentos bíblicos, conforme o Eterno revelou em sua Torah, estudando o Tanach, as chamadas escrituras judaicas, freqüentando as sinagogas e até mesmo mantendo as praticas judaicas, porque é que centenas de anos depois alguns lideres, com uma visão distorcida da fé, se acham no direito de mudar tudo o que até então eram os verdadeiros ensinamentos dos primeiros seguidores do Messias e até mesmo do próprio Yeshua? E pior, mesmo com a reforma protestante pouca coisa mudou, pois apesar dos protestantes condenarem o chamado cristianismo católico, continuaram seguindo suas determinações, trocando o Shabat bíblico pelo domingo, deixando de lado as festas bíblicas e celebrando festas pagãs como o natal.
O papa Gregório escreveu o seguinte a Agostinho, o primeiro missionário às Ilhas Britânicas (597 EC): “Não destrua os templos dos deuses ingleses; mude-os para igrejas cristãs. Não proíba costumes “inofensivos” que têm sido associados a outras religiões; consagre-os ao uso cristão”.
Porém o Eterno é Elohim santo, puro e justo, que não divide sua glória com deuses pagãos, nem quer que seu culto seja misturado a elementos pagãos.
“Ouvi a palavra que YHWH vos fala a vós, ó casa de Israel. Assim diz YHWH: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações. Porque os costumes dos povos são vãos…” (Yirmiyahu/Jeremias 10:13a)
“Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre o Mashiach e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Elohim com demônios? Pois nós somos santuário de Elohim vivo, como Elohim disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Elohim e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai−vos, diz ADONAI; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o El Shaddai.” (II Coríntios 6:14-18)
As Enciclopédias, de um modo geral, contêm informações sobre a origem sob os títulos “natal” e “dia de natal”. Por exemplo:
a) Enciclopédia Católica, edição inglesa de l911; “A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja… os primeiros indícios dela são provenientes do Egito…
Na mesma enciclopédia encontramos que Origines, um dos pais da igreja cristã, reconheceu a seguinte verdade: “ …não vemos nas Escrituras alguém que haja celebrado uma festa ou um grande banquete no dia do natalício. Somente os pecadores ( como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram nesse mundo”.
b) A Enciclopédia Barsa diz: “A data real deste acontecimento [do nascimento de Jesus] . . . não foi ainda satisfatoriamente reconhecida. . . . O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Cristo ‘como se fosse ele um faraó’.” — (São Paulo, 1968), Vol. 9, p. 437.
c) Enciclopédia Britânica, edição de 1946; “O Natal não constava entre as antigas festividades da Igreja… Não foi instituída pelo Messias e nem pelos apóstolos”.
d) Enciclopédia Americana, edição 1944; “O Natal de acordo com muitas autoridades da história eclesiástica, não se celebrou nos primeiros séculos da Igreja. O costume dos Nazarenos não era celebrar o nascimento do Messias, e sim a sua morte.
e) A Enciclopédia Barsa nos informa: “A data atual [25 de dezembro] foi fixada . . . a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa mitraica . . . que celebrava o natalis invicti Solis (“Nascimento do Vitorioso Sol”) e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a Saturnalia em Roma e os cultos solares. . . . A idéia central das missas de Natal revelam claramente esta origem: as noites eram mais longas e frias, pelo que, em todos estes ritos, se ofereciam sacrifícios propiciatórios e se suplicava pelo retorno da luz. A liturgia natalina retoma esta idéia.” — (São Paulo, 1968), Vol. 9, pp. 437, 438).
Conclusão
Por todos os motivos citados acima e eu decidi me abster da comemoração do natal, pois vai contra minha fé e contra as ordenanças do meu Elohim. Mas ai alguém pode chegar e dizer: “Ah, tudo bem que o natal tenha sido uma festa pagã ao tal do deus-sol, mas hoje não é mais, pois hoje não usamos mais o natal para honrar um falso deus, mas sim para honrar a Cristo”.
Deixo que o próprio Eterno responda a essas pessoas:
“E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles”. (Vayikra (Levítico) 20: 23)
“Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR teu Elohim; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses. Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás”. (Devarim (Deuteronômio) 12:30-32)
“E proferirá palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a Torah”. (Daniel 7:25)
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai−vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Elohim.” (Ruhomayah/Romanos 12:2)
“Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre o Mashiach e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Elohim com demônios? Pois nós somos santuário de Elohim vivo, como Elohim disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Elohim e eles serão o meu povo.” (Curintayah Beit / II Coríntios 6:14-16)
“E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas, ao invés disto, condenai-as”.(Efessayah / Efésios 5:11)
Baseado nas seguintes fontes:
A verdade a respeito do natal – Por Francisco Leonardo Cardoso –http://netivyah.org.br/index.php?cod_secao=estudo_21
A verdade sobre o natal – Por Ya’akov Ben Yisrael –http://www.adventistas.com/dezembro2008/verdade_suposto_natal.htm
O que é o natal – Por Ed Stevens; editado pelo Dr. James Trimm; traduzido e adaptado por Sha’ul Bentsion – http://www.torahviva.org/index.php?action=artigos&schema=judaismonazareno
Natalis Solis Invictus e Outras Celebrações Natalícias –http://gladio.blogspot.com/2008/12/natalis-solis-invictus-e-outras.htm

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